Com invasão de importados, indústria química tem recorde de ociosidade
O nível de ociosidade das unidades de fabricação de produtos químicos no Brasil atingiu o maior percentual nos últimos 30 anos no primeiro bimestre deste ano.
De acordo com os dados da amostra do Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC), o setor químico operou com 64% da sua capacidade instalada – dois pontos percentuais abaixo da média do mesmo período de 2023 (66%).
Parte destes produtos são fabricados por empresas que operam na Bahia. Dentre os grupos de produtos químicos de uso industrial, destaque para as ociosidades de: intermediários para fertilizantes (39%), intermediários para plásticos (40%), intermediários para fibras sintéticas (79%) e intermediários para plastificantes (60%).
Segundo Fátima Giovanna Coviello Ferreira, diretora de Economia e Estatística da Abiquim, a entidade vem apontando, há algum tempo, para os riscos de se operar a tão baixa carga no setor, sobretudo por conta dos resultados de produtividade e de eficiência que desestimulam a continuidade da produção.
“Infelizmente, algumas empresas paralisaram atividade para manutenções preventivas e outras já falam em hibernar plantas, tornando o risco uma realidade”, alerta.
Fonte: Correio