J&F investirá R$ 25 bi para dobrar produção de fábrica de celulose em MS

J&F investirá R$ 25 bi para dobrar produção de fábrica de celulose em MS

A holding J&F anunciou nesta semana que irá aportar R$ 25 bilhões para mais do que duplicar a produção de sua subsidiária Eldorado Brasil Celulose. Os investimentos serão aplicados para a construção de uma nova linha de produção na unidade localizada em Três Lagoas (MS). Grupo enfrenta disputa judicial pelo controle da Eldorado com a Paper Excellence, sediada na Indonésia e sócia no negócio.

Por conta da disputa judicial entre os acionistas, o projeto de ampliação da fábrica não avançou nos últimos anos. Com o anúncio do investimento bilionário, a despeito da disputa continuar na Justiça, a J&F quer mudar isso e por em marcha o plano de aumentar a produção de celulose de fibra curta. Em um evento em São Paulo na segunda-feira 22/4, Wesley Batista, fundador e acionista da J&F, revelou que agora o plano deve sair do papel. “O projeto vai sair, ele vai andar e vamos pôr esses R$ 25 bilhões em investimento para a operacionalização”, afirmou.

Eldorado Brasil Celulose exporta para 40 países de todos os continentes e obteve lucro de R$ 2,3 bilhões em 2023. Com a construção da segunda linha, sua produção anual de celulose deve saltar das atuais 1,8 milhão de toneladas para cerca de 4,4 milhões de toneladas. Além da nova fábrica, a companhia deve construir uma ferrovia de 90 km para conectar a planta ao município de Aparecida do Taboado (MS), onde começa a ferrovia Malha Norte (antiga Ferronorte), operada pela Rumo Logística.

A construção do ramal ferroviário, já aprovada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), terá como objetivo facilitar o transporte da celulose produzida em Três Lagoas para o Porto de Santos, visando a exportação. No ano passado, a empresa inaugurou terminal no porto apto a receber os vagões e com capacidade para movimentar 3 milhões de toneladas de celulose. Para construção da ferrovia, a companhia aplicará recursos da ordem de R$ 900 milhões.

Fonte: Revista O Empreiteiro