Mercedes prevê alta de 10% para mercado de caminhões no Brasil

Mercedes prevê alta de 10% para mercado de caminhões no Brasil

Encerrando a visita feita ao Brasil na semana passada, Karin Rådström, chefe mundial do negócio de caminhões da marca Mercedes-Benz, afirmou que a reestruturação em curso na operação do país está evoluindo com resultados satisfatórios. Ela deixou claro, no entanto, que o trabalho ainda não foi concluído.
Apresentado em maio, o plano estratégico da Daimler, a controladora da Mercedes, para zerar perdas no Brasil tem entre seus objetivos reduzir a dependência das peças importadas e aumentar as exportações, de modo que a empresa fique menos exposta ao câmbio mais caro, junto com corte de custos – por exemplo, a redução de 10% na folha salarial de departamentos administrativos.

Karin avaliou que, contando com a retomada da produção após o choque inicial da pandemia, as fábricas no Brasil estão conseguindo melhorar o equilíbrio entre importações e exportações, suavizando assim a exposição ao câmbio.
“Tivemos muito progresso e claramente houve uma melhora da situação. Mas ainda temos que dar mais passos e continuar trabalhando duro”, afirmou a executiva. “Estou muito otimista, mas ainda temos muitos desafios e ainda não terminamos a reestruturação”, acrescentou.

A meta da Daimler Truck é ser, até 2025, um grupo automotivo onde a margem de rentabilidade é medida na casa dos dois dígitos. A recuperação dos resultados financeiros em negócios tanto do Brasil quanto da Europa está no centro desse objetivo.

Para a direção da montadora no Brasil, o mercado de caminhões seguirá em alta neste ano, ainda que o aumento da taxa de juros possa adiar decisões de ampliação de frota das transportadoras.

Se as previsões da Mercedes-Benz se confirmarem, as vendas de caminhões no Brasil, na soma de todas as marcas, alcançarão algo por volta de 140 mil unidades, com alta de 10% sobre 2021. A confiança se baseia nas encomendas aquecidas do agronegócio, dada a necessidade de transportar a safra recorde de grãos, além da demanda vinda do comércio eletrônico, da construção civil e da mineração.

Fonte: O Estado de São Paulo