Construção civil perde fôlego e deve crescer apenas 2% em 2022

Construção civil perde fôlego e deve crescer apenas 2% em 2022

Um dos motores da recuperação da economia brasileira no ano passado, a construção civil está perdendo fôlego. O Produto Interno Bruto (PIB) da Construção em 2022 deve crescer 2% em 2022, o que representa uma desaceleração perante 2021, quando subiu 8%.

A projeção foi divulgada na quinta-feira, 13, em parceria entre a Fundação Getulio Vargas (FGV) e o Sindicato da Indústria da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP) e vai na mesma linha da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que também espera alta de 2% para o PIB setorial neste ano.

As duas entidades trabalham com previsão de abertura de 110 mil vagas de emprego no ramo em 2022, contra 246 mil em 2021 e 98 mil em 2020.

Após recordes de vendas e lançamentos de imóveis residenciais nos últimos dois anos, o setor está passando por uma virada de mesa. Os juros e a inflação subiram de modo expressivo e agora inibem novos negócios.

Cerca de um ano atrás, era possível contratar um financiamento de R$ 200 mil para compra da casa própria com juros de 6,25% ao ano. Isso exigia das famílias renda mínima de R$ 5,2 mil e gerava uma parcela de R$ 1,5 mil. Hoje, o mesmo empréstimo tem taxa de 9% ao ano, o que demanda renda de R$ 6,6 mil (27% maior) e parcela de R$ 2 mil (33% maior), segundo cálculos do Sinduscon/FGV.

Fonte: Exame