5 tendências de indústria 4.0 que setor automotivo precisa acompanhar

5 tendências de indústria 4.0 que setor automotivo precisa acompanhar

Os pilares tecnológicos quando aplicados na produção dos carros, caminhões, ônibus e peças habilitam a indústria 4.0, saindo do isolamento das atividades dos sistemas MES (da sigla em inglês para Sistemas de Execução de Manufatura) que gerenciam todas a fábricas e que por si só já têm a missão de conectar a produção (máquinas, conectores, sensores) a tudo o que acontece no chão de fábrica com o planejamento de produção e com os sistemas ERP (sigla em inglês para Sistema Integrado de Gestão Empresarial).

E quais são esses pilares? Internet das Coisas (IoT), análise de dados (Big Data), robótica; impressão 3D; computação em nuvem; segurança cibernética, simulação digital (digital twins); realidade aumentada e toda a integração (horizontal e vertical) de sistemas. Muitas destas tecnologias certamente já estão incorporadas ao dia a dia das pessoas ou, seguramente, vocês já ouviram falar.

Permeando todos os pilares e com igual importância, a conectividade tem sido um fator chave para que tudo isso funcione no chão de fábrica, de forma praticamente digital e precisa (no meu artigo anterior, comentei sobre a chegada e impacto do 5G nos veículos autônomos), mas podemos e devemos extrapolar para dentro das fábricas, em redes privadas ou não, a relevância da conectividade.

Na prática, o que a gente observa acontecendo nas linhas de produção são tecnologias em torno de sistemas MES e ERP, eliminação do papel como forma de apontamentos, indo para digitalização (aumento de produtividade e redução de erros), conexão das máquinas e sensores para extrair os dados e levá-los para os sistemas de tomada de decisão.
Em processos que envolvem maior complexidade, como em algumas linhas de autopeças, o uso da tecnologia e robotização está em um nível menor de maturidade.

Mais que fábricas de veículos, produtoras de dados

Um grande paradoxo que surge é o que fazer com os dados levantados por conta de toda essa automatização descrita acima. Isso leva à necessidade do entendimento do dado e o que fazer com este, ou seja, na transformação em informação. E, indo além, na medida em que é gerado um volume significativo de dados, a criação e uso de algoritmos para aprendizado, ou seja, ações executáveis, vão resolver os problemas do chão de fábrica.

A KPMG publicou, recentemente, o estudo Indústria 4.0 no Brasil. Considerando as empresas entrevistadas que se encontram em estágio mais avançados de maturidade tecnológica e levando em conta os projetos que temos trabalhado, foram observadas na indústria de manufatura e no segmento automotivo pelo menos cinco tendências tecnológicas que devem impactar de forma positiva nos próximos anos, a seguir:

1- Crescimento de projetos de inteligência artificial com melhores resultados econômicos, ou seja, casos de uso mais assertivos e que impactam os resultados das empresas.
2- Digitalização mais intensa dos processos com a ampliação significativa de sensores nos equipamentos e objetos (internet das coisas) e dados armazenados e processados diretamente na nuvem;
3- Aumento do número de projetos de simulação digital (digital twins), mesmo com alcance ainda parcial e permeando fabricante de carros, caminhões, ônibus e autopeças;
4- Fábricas integradas e inteligentes com processos logísticos mais eficientes e máquinas com aprendizado de máquinas( machine learning) para ajuste eficaz e automático às condições ambientais, à qualidade dos insumos e aos tipos de produtos produzidos;
5- Avanço da tecnologia 5G que possibilitará novas aplicações, especialmente, aquelas relacionadas à visibilidade em tempo real. Se tiverem interesse pelo tema, convido-os a assistirem as webséries lançadas no ano passad, sobre impacto do 5G na indústria automotiva , em que conversamos com executivos do mercado sobre esta nova realidade e como a indústria está sendo afetada e se preparando para isso.

Sigamos acompanhando a convergência de tech com auto e como tudo isso impacta a nossa vida e as empresas com as quais atuamos.

Fonte: Automotive Business