Fabricantes de trens do Brasil preveem 2023 um ano difícil para o setor
O setor de fabricação de trens do Brasil está pessimista em relação ao ano de 2023. “Nossa previsão para 2023 não é positiva, pois a carteira atual para este ano está em torno de 600 vagões e 29 locomotivas até agora. Dificilmente atingiremos os níveis vistos em 2022, que já foi um ano de queda”, comentou Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer).
No ano passado, foram entregues 1.300 vagões e 54 locomotivas de carga, mas no segmento de passageiros nenhuma venda foi registrada, segundo a Abifer. Em 2021, foram entregues 1.800 vagões de carga e 67 locomotivas, além de 35 trens de passageiros.
Abate culpou a incerteza econômica e o atraso nas renovações de concessões.
“Talvez 2024 e 2025 sejam anos mais positivos, com alguns projetos ferroviários tendendo a avançar, como é o caso da mineradora Bamin, na Bahia”, disse Abate.
A Bahia Mineração (Bamin), subsidiária do Eurasian Resources Group, do Cazaquistão, está investindo R$ 20 bilhões (US$ 3,84 bilhões) no desenvolvimento da mina Pedra de Ferro em Caetité, estado da Bahia, junto com a construção do trecho 1 das ferrovias Oeste-Leste (Fiol) e Porto Sul.
Fonte: BN Americas