O que esperar do setor industrial brasileiro nos próximos anos pós eleição

O que esperar do setor industrial brasileiro nos próximos anos pós eleição

Segundo o Banco Central (BC), estima-se uma evolução de 2,7% na geração de riquezas nacionais para 2022. No segundo trimestre, o avanço do PIB foi de 1,2%, em comparação com o período de janeiro a março, indicando melhorias nas condições para geração de postos de trabalho formais.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), avançou três pontos em setembro de 2022, para 62,8 pontos, o nível de confiança mais elevado desde agosto de 2021.

Além disso, segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,4 trilhões no segundo trimestre de 2022 no Brasil. O setor da economia que registrou maior crescimento foi a indústria (2,2%), seguido pelos serviços, que avançaram 1,3%, e a agropecuária, que expandiu 0,5%.

Diante de tais dados, acredito que o setor industrial nacional está fadado a crescer nos próximos anos. Isso porque, independentemente dos resultados do pleito atual, há uma forte tendência de aplicação de inovações e tecnologias que ajudam a alavancar todo o segmento.

Com a chegada do 5G, por exemplo, a indústria enfrentou novos desafios e para isso, ampliou-se a necessidade de um maior investimento tanto na qualificação profissional quanto em recursos e soluções diferenciadas.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), há grande potencial da inovação no mercado de trabalho até 2024, com a possível necessidade de contratação de cerca de 420 mil profissionais de tecnologia. Quando fazemos o recorte para o setor industrial, conseguimos notar que esse é o setor que oferece os melhores salários, com média nacional de R$ 7.756 para profissionais com formação superior.

Como comentei acima, independente de quem efetivamente se torne o novo presidente, há uma conjuntura positiva para o setor industrial demandada justamente por gargalos do próprio mercado e necessidade da ampliação de serviços por meio da automação de processos, com a união de mão de obra qualificada e plataformas que gerem ricos insights no dia a dia.

Eu, assim como outros empresários do setor, estou animado com o que o Brasil deve crescer no ecossistema industrial. Temos certeza de que os holofotes estarão destinados às iniciativas nacionais e que poderão ser replicadas em outros locais do mundo. Vamos ficar de olho!

*Vinicius Callegari é Co-Fundador da GaussFleet, maior plataforma de gestão de máquinas móveis para siderúrgicas e construtoras

Fonte: Revista Grandes Construções