Preço médio de importações sobe 33% no 1º semestre, aponta índice da FGV
O Brasil comprou menos produtos estrangeiros no primeiro semestre deste ano, mas pagou mais caro pelas aquisições feitas, segundo os dados do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) divulgado nesta sexta-feira (15) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Os maiores saltos ocorreram nos preços das importações da indústria extrativa, com alta de 117,5% de janeiro a junho de 2022 ante igual período de 2021, mas também houve aumentos no valor dos itens importados pela indústria de transformação (26,0%) e pela agropecuária (18,0%).
Em volume, a agropecuária importou 5,0% menos no primeiro semestre, enquanto a indústria de transformação comprou 2,6% menos no exterior.
As importações das indústrias extrativas cresceram, mas em magnitude menor do que o preço: alta de 21,3% no primeiro semestre de 2022 ante o primeiro semestre de 2021.
A FGV lembra que apenas três produtos explicam 93,2% do total das importações das indústrias extrativas: petróleo (34,2%), gás natural (30%) e carvão (29%).
Considerando todas as importações, houve um aumento de preços de 33,1% no primeiro semestre, mas queda de 1,9% no volume.
Nas exportações, os preços subiram 20,2% no primeiro semestre, enquanto o volume cresceu apenas 0,2%.
A agropecuária exportou 5,3% menos, em volume, no primeiro semestre deste ano ante o primeiro semestre do ano passado, mas os preços subiram 39,9%.
As extrativas exportaram 10,8% menos em volume, mas os preços aumentaram 5,5%. Na indústria de transformação, o volume exportado cresceu 8,1%, e os preços avançaram 21,0%.
“Em suma, a expansão do valor dos fluxos de comércio no primeiro semestre é atribuída ao crescimento dos preços, pois o volume ou esteve estável (exportações) ou recuou (importações)”, apontou a FGV, em nota.
O saldo da balança comercial foi de US$ 8,8 bilhões em junho, US$ 1,6 bilhão a menos que em junho de 2021.
Fonte: CNN Brasil