Como a inflação afeta o setor da construção
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) teve alta de 2,81% em junho. Com isso, a taxa acumulada em 12 meses desse índice alcançou 11,75%.
É importante ressaltar que o INCC-M é um indicador econômico que capta a evolução de custos de construções residenciais.
Dessa forma, é possível acompanhar, por meio de uma média aritmética, a evolução dos preços tanto de materiais, equipamentos e serviços quanto da mão de obra utilizada no setor.
No resultado de junho, o responsável pela alta do INCC-M foi a mão de obra, que subiu de 1,43% para 4,37%. Enquanto o índice de materiais, equipamentos e serviços apresentou pequena redução de 1,55% para 1,40%.
“O setor de construção segue aquecido no Brasil, principalmente nas obras e reformas que as pessoas já iniciaram em suas residências e que não sentem tanto o efeito do aumento das taxas de juros”, explica Guilherme Quandt, diretor de marketing e estratégia do Sienge, plataforma de gestão de empresas da construção.
Segundo o executivo, pelo fato de o INCC-M ser composto por dois índices complementares, nem sempre o resultado acumulado conta toda a história.
“Em junho, podemos ver uma certa estabilização no preço dos materiais, equipamentos e serviços – que tiveram forte aumento nos últimos meses por conta de fatores externos, como início da Guerra na Ucrânia e a continuidade da falta de abastecimento de matérias-primas”, comenta Quandt.
“Por outro lado, os preços da mão de obra vêm aumentando, já que ainda há muita demanda no setor, mas o custo de vida das pessoas também aumentou, fazendo com que haja uma elevação nos salários pagos”, finaliza.
Fonte: Revista Grandes Construções