Volkswagen prevê vendas de até 2 mil caminhões elétricos por ano
Pela menor dependência de uma rede de postos de recarga nacional, a Volkswagen Caminhões e Ônibus optou por abrir pelo segmento urbano, onde as distâncias entre o ponto de partida e o ponto de entrega são menores, a sua investida na eletrificação de veículos comerciais. A expectativa da montadora é, num primeiro estágio de introdução da tecnologia, vender entre mil e 2 mil caminhões elétricos por ano.
As vendas nas concessionárias foram abertas ontem (13). Mas o e-Delivery, como foi batizada a linha dos primeiros caminhões 100% elétricos montados no Brasil, já nasce com intenção de compras de 1,6 mil unidades pela Ambev até 2025, junto com encomendas feitas por Coca-Cola Femsa (20 veículos) e JBS (uma unidade), além de outras 58 empresas interessadas em introduzir veículos de carga movidos a energia elétrica em suas frotas.
“O desejo das empresas de zerar emissões no transporte, com a agenda ambiental pautando cada vez mais os negócios, será importante para que a produção, que começará baixa, ganhe escala e, assim, o preço da tecnologia se torne mais competitivo”, comenta o presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Roberto Cortes, em entrevista ao Broadcast.
“No curto prazo, podemos vender de mil a 2 mil unidades por ano. Já no ano que vem, ficaremos satisfeitos se vender mil. É cedo para imaginar volumes mais altos. De qualquer forma, a fábrica está preparada para dar vazão aos pedidos”, acrescenta o executivo.
Ainda que o valor possa variar de acordo com a configuração do veículo, um preço de referência seria algo ao redor de R$ 750 mil, duas vezes e meio mais caro do que um caminhão equivalente movido a diesel. O argumento da montadora para convencer transportadoras a investir no e-Delivery é de que a economia de combustível “paga” em cinco anos a diferença de preço, explicada, principalmente, pelo custo da bateria importada da China.
Fonte: NewTrade