Compósitos devem crescer pelo terceiro ano seguido

Compósitos devem crescer pelo terceiro ano seguido

Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO) prevê um salto de 5,5% no faturamento de 2019, totalizando R$ 2,797 bilhões

Em 2019, o setor brasileiro de compósitos deve emplacar o terceiro ano consecutivo de crescimento, com um faturamento estimado de R$ 2,797 bilhões, alta de 5,5% em comparação ao resultado do período anterior. Esse é o principal dado do mais recente monitoramento feito pela Maxiquim, consultoria contratada pela Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO).
“Notamos uma tendência de alta na maioria dos segmentos consumidores do material, com destaque para a indústria automotiva, representada pelas montadoras de veículos pesados e agrícolas, e de energia, na qual ocorre uma intensa substituição da madeira e concreto usados em cruzetas e postes pelos compósitos, devido ao seu baixo peso e resistência à corrosão”, resume Erika Bernardino Aprá, presidente da ALMACO.
Em contrapartida, o mercado de construção segue andando de lado, muito em função da dificuldade de obtenção de crédito imobiliário. “Já os investimentos em infraestrutura dependem de projetos governamentais, que permanecem escassos. Isso impacta diretamente nas vendas, por exemplo, de tubulações de compósitos”.
Com uma fatia de 35% do consumo local de compósitos de poliéster, a construção civil aparece à frente de transporte (30%), corrosão/saneamento (19%) e náutico (3%), entre outros. Já a geração de energia eólica responde por 90% da demanda por compósitos de epóxi. O setor de petróleo aparece em segundo lugar, com 5%.
De acordo com o levantamento da Maxiquim, em 2019 serão consumidas 210 mil toneladas de compósitos, volume 4,5% superior ao anotado em 2018. A geração de emprego, por sua vez, deve crescer 3,7%, totalizando 65 mil vagas.
“Caso se confirmem essas previsões, será o nosso terceiro ano seguido de balanço positivo. Então, em dezembro, poderemos dizer que, enfim, a curva de crescimento se inverteu definitivamente. Agora, cabe ao governo colaborar com a indústria e fazer as reformas necessárias para que o Brasil volte a ser um ambiente favorável aos investimentos privados”, conclui a presidente da ALMACO.
Sobre a ALMACO
Fundada em 1981, a ALMACO tem como missão representar, promover e fortalecer o desenvolvimento sustentável do mercado de compósitos. Com administração central no Brasil e sedes regionais no Chile, Argentina e Colômbia, a ALMACO tem cerca de 400 associados (empresas, entidades e estudantes) e mantém, em conjunto com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o Centro de Tecnologia em Compósitos (CETECOM), o maior do gênero na América Latina.
Resultantes da combinação entre polímeros e reforços – por exemplo, fibras de vidro –, os compósitos são conhecidos pelos elevados índices de resistência mecânica e química, associados à liberdade de design. Há mais de 50 mil aplicações catalogadas em todo o mundo, de caixas d’água, tubos e pás eólicas a peças de barcos, ônibus, trens e aviões.

Para mais informações, acesse www.almaco.org.br

Fonte: SLEA Comunicação