Programa de logística reversa de compósitos superou a meta inicial

Programa de logística reversa de compósitos superou a meta inicial

Iniciativa foi responsável pelo recolhimento de 2.100 kg de peças de ônibus

O programa de logística reversa de peças de compósitos, um tipo de plástico de alta performance, superou a meta de recolhimento de resíduos. Criado pela Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO) e em operação na cidade de Curitiba (PR), foi responsável pela destinação de 2.100 kg de resíduos, ou 110% do projetado para a fase inicial – 1.900 kg, considerando o período de setembro de 2016 a dezembro de 2017, conforme estabelecido com a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Paraná (SEMA). A partir de agora, a meta de reciclagem passa a ser a anual, sendo prevista a coleta mínima de 1.500 kg de materiais compósitos em 2018.
“Estamos satisfeitos com o resultado, pois, antes de tudo, conseguimos implantar um modelo efetivo de logística reversa para os compósitos, mesmo num cenário de intensa retração econômica. Trata-se de uma iniciativa inovadora globalmente, que poderá ser replicada não somente em outros estados, mas também em toda a América Latina”, comenta Gilmar Lima, presidente da ALMACO.
De início, o programa contempla a logística reversa de componentes de ônibus, como tetos, grades e para-choques. Os aspectos práticos ficam a cargo da Geoquímica, empresa responsável por recolher as peças de compósitos em oficinas e garantir a destinação correta – no caso, o coprocessamento em fornos de cimenteiras. Localizada em São José dos Pinhais (PR), a Geoquímica já trabalha com a logística reversa de embalagens de lubrificantes e filtros automotivos.
“A maior dificuldade que ainda enfrentamos é conscientizar toda a cadeia de geração de valor sobre a importância desse programa. Além de fazer bem ao planeta, é vital para que o setor de compósitos continue competindo e crescendo de forma sustentável”, afirma Lima. Hoje em dia, o plano elaborado pela ALMACO conta com o apoio da consultoria Masimon e de nove empresas da cadeia produtiva de compósitos: Ashland, CPIC, Jushi, Marcopolo, Mascarello, Morquímica, Neobus, Owens Corning e Tecnofibras. Também colaboram com o projeto a Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (FABUS) e o Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE). “É importante ressaltar o enorme apoio que tivemos da Secretaria do Meio Ambiente do Paraná”.
A fiscalização já começou, e a responsabilidade pelo pós-consumo passou a ser dos fabricantes das peças. Caso não façam parte do programa, estarão sujeitos a multas pesadas – já foram registradas no Paraná autuações de mais de R$ 150 mil para as empresas que descumpriram os acordos de logística reversa.
Resultantes da combinação entre polímeros e reforços – por exemplo, fibras de vidro –, os compósitos são conhecidos pelos elevados índices de resistência mecânica e química. Há mais de 50 mil aplicações catalogadas em todo o mundo, de caixas d’água, tubos e pás eólicas a peças de barcos, trens e aviões.
Fundada em 1981, a ALMACO tem como missão representar, promover e fortalecer o desenvolvimento sustentável do mercado de compósitos. Com administração central no Brasil e sedes regionais no Chile, Argentina e Colômbia, a ALMACO tem cerca de 400 associados (empresas, entidades e estudantes) e mantém, em conjunto com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o Centro de Tecnologia em Compósitos (CETECOM), o maior do gênero na América Latina.

Para mais informações, acesse www.almaco.org.br

Fonte: SLEA Comunicação