Petrobras estuda revitalizar plataformas no País

Petrobras estuda revitalizar plataformas no País

A Petrobras está avaliando a possibilidade de adaptar antigas plataformas de petróleo na Bacia de Campos para prolongar sua vida útil e evitar os altos custos de descomissionamento e de compra de novas plataformas. Questões como estaleiros cheios, atrasos nas encomendas externas e uma visão mais sustentável da indústria também colocaram essa opção em pauta.

Para além das questões econômicas, a Petrobras afirma o projeto está alinhado com o compromisso de sustentabilidade da companhia, uma vez que busca reduzir o consumo de materiais como aço e diminuir as emissões, reaproveitando as estrutura existentes em vez de construir novas plataformas. Um grupo foi criado internamente para definir o que será feito até o final do primeiro semestre do ano que vem. Esse movimento tem como foco as plataformas P-19, P-35, P-37 e P-47. No total, cerca de 50 plataformas estão no caminho do descomissionamento e podem entrar na lista futuramente.

No plano de revitalizar parte de suas plataformas em descomissionamento, que as manteria ativas por mais tempo em outros projetos, a empresa deve buscar priorizar fornecedores locais. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, salientou, em nota, que fomentar a indústria nacional é benéfico para os negócios da companhia e, ao mesmo tempo, positivo para a economia do País. “Estamos trabalhando para que possamos reformar unidades como as plataformas P-19, P-35, P-47. Isso será importante para a produção da Petrobras”, afirmou.

A ideia da empresa é reforçar a importância da formação de uma cadeia local de fornecedores, modelo semelhante ao que a Petrobras promove para barcos de apoio, com conteúdo local mínimo de 40% em novas licitações. Com o retrofit, companhia deverá contratar estaleiros brasileiros para converter as plataformas que serão usadas na própria Bacia de Campos, a fim de recuperar produções que estão perto do esgotamento. Além de reduzir a dependência de estaleiros internacionais, que enfrentam atrasos e restrições de capacidade – segundo a empresa, das sete encomendas que mantém no exterior, algumas não serão entregues no prazo – a medida resgata o legado do pré-sal, que anteriormente impulsionou o setor naval brasileiro.

Fonte: Revista O Empreiteiro