Manaus chega a 99% em redes d´água e 31% em coleta de esgoto

Manaus chega a 99% em redes d´água e 31% em coleta de esgoto

Desde o Novo Marco Legal do Saneamento Básico, aprovado em 2020 (Lei nº 14.026/2020), que atualizou e expandiu as exigências da antiga legislação em saneamento (nº 11.445/2007) e outras sete relacionadas, a corrida pelo cumprimento dos serviços de água e esgoto se intensificou. Isso porque, a nova legislação vigente estipula que até 2033 deve ser alcançada a universalização de abastecimento do recurso hídrico e de coleta e tratamento de esgoto em todos os municípios.

Responsável por estes serviços na capital amazonense, a Águas de Manaus, uma empresa do Grupo Aegea, assumiu os trabalhos na região em 2018. Nos primeiros cinco anos, foram investidos R$ 880 milhões, e, desde janeiro deste ano, com o lançamento do programa Trata Bem Manaus, a previsão é que os investimentos cheguem a R$ 2 bilhões nos próximos dez anos ou menos.

O programa da concessionária conduz um plano para a universalização do serviço na capital amazonense a partir de obras de menor impacto. Manaus, de acordo com pesquisas do Instituto Trata Brasil, estaria entre os municípios considerados piores em saneamento. No entanto, a Águas de Manaus enfatizou que estes estudos são divulgados com dois anos de defasagem, e esclareceu que a pesquisa lançada em 2024 foi realizada com base em dados de 2022, que são os mais atuais disponíveis no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Segundo a concessionária, o ranking publicado não condiz com a atual realidade do saneamento básico na capital amazonense em 2024.

A Águas de Manaus informou que o sistema de saneamento básico tinha apenas 19% de cobertura em tratamento de esgoto quando iniciaram as operações na cidade, e que, atualmente, está em 31%. Já sobre os serviços de água tratada, a concessionária afirma que já chegou à cobertura acima de 99%, acompanhando as novas comunidades que vão surgindo na capital, onde existem alguns desafios particulares como o caso das palafitas: moradias elevadas construídas sobre estruturas de madeira acima dos rios.

Um exemplo dessas comunidades é o Beco Nonato, localidade pioneira a receber o serviço da concessionária onde as tubulações de água, assim como as redes coletoras de esgoto, são ambas elevadas, sem contato com os igarapés. Nesse caso, os hidrômetros também ficam afixados nas paredes das palafitas, na altura das entradas das casas, assim como a instalação da rede de esgoto.

Diante desse cenário, as equipes da Águas de Manaus precisaram analisar cada uma das residências para que essa solução fosse adotada. “Isso é possível graças à implementação de microbacias, que consiste na divisão da cidade em áreas onde funcionarão pequenas Estações de Tratamento de Esgoto, com lançamento de efluentes tratados nos igarapés. Manaus é uma cidade com mudança de níveis topográficos e isso requer ações específicas conforme a capacidade de cada igarapé”, informou o diretor-presidente da Águas de Manaus, Diego Dal Magro.

Fonte: Águas de Manaus