Locadoras investem para ampliar oferta de caminhões elétricos
Empresas de locação de caminhões começam a intensificar a oferta de modelos elétricos para atender principalmente clientes com agendas voltadas aos critérios ambientais do chamado ESG, sigla em inglês para meio ambiente, sociedade e governança.
Outros motivos são a antecipação de compras por conta de problemas na cadeia logística e a tendência de terceirização do setor.
A Ouro Verde, grupo com sede no Paraná, deve receber até meados deste ano os primeiros 100 caminhões movidos a eletricidade para atender a demandas de seus clientes. Também negocia a aquisição de veículos a gás natural, menos poluentes do que os movidos a diesel.
Líder na locação de caminhões, o Grupo Vamos está fazendo testes com veículos elétricos e oferece o aluguel de caminhões e veículos urbanos de carga (VUCs) com essa tecnologia para entregas de e-commerce, por exemplo. De acordo com a reportagem, nenhuma das empresas revela as marcas dos seus veículos movidos a bateria.
Em ambos os casos, a eletrificação atende a demanda principalmente de grandes clientes. Cláudio Zattar, presidente da Ouro Verde, revela que “é um investimento alto porque cada caminhão elétrico custa na casa de R$ 1,2 milhão”.
O Brasil já tem duas fabricantes de caminhões elétricos, a Volkswagen (VWCO) e a Fábrica Nacional de Mobilidade (FNM), além das importadoras BYD e JAC Motors, ambas chinesas.
Antecipação – Outro motivo para esse aquecimento das locadoras de veículos pesados foi a antecipação de encomendas para 2022, na tentativa de driblar a falta de oferta em razão da escassez de semicondutores em 2021. “Estamos negociando uma ‘calendarização’ para entregas e temos um apetite grande”, informa Zattar.
“O negócio de locação bombou em 2020, mas no ano passado a falta de semicondutores afetou a indústria e vários compradores tiveram de esperar muito tempo para os equipamentos chegarem”, informa Zattar. “Apesar da demora, o mercado de locação não diminuiu e os locadores decidiram aguardar porque era preferível locar do que comprar, pois muitas empresas não tinham caixa para investir em ativos.”
Fonte: Revista MT