Mercedes-Benz investe R$ 100 milhões no seu primeiro ônibus elétrico no Brasil
A Mercedes-Benz deu seu primeiro passo na rota da eletromobilidade no Brasil, com investimento de R$ 100 milhões no projeto do chassi de ônibus urbano eO500U, apresentado na quarta-feira, 25. As vendas só começam em 2022, enquanto a fabricante ainda acerta os últimos testes e o modelo de negócio que prevê a venda do veículo junto com uma consultoria ao cliente que quiser adotar a propulsão elétrica em sua frota de ônibus, incluindo desde o financiamento até o fornecimento de carregadores e assistência técnica.
Karl Deppen, presidente da Mercedes-Benz do Brasil, confirma que o investimento no primeiro veículo elétrico da marca no País está incluído no programa de R$ 2,4 bilhões para o período 2018-2022. O executivo avalia que o transporte urbano de passageiros é o melhor segmento para iniciar a rota da eletromobilidade no mercado brasileiro, ao mesmo tempo em que coloca a subsidiária em linha com tecnologias globais da empresa, abrindo inclusive caminho para exportações do chassi elétrico para além de países da América Latina, como Europa e Oceania.
A Mercedes não esconde que também está no horizonte a possível venda e produção de caminhões elétricos no Brasil, como a Daimler já tem na Europa. Contudo, ainda não há previsão de quando isso pode acontecer. “Optamos por começar a eletrificação no segmento de ônibus porque tem maior impacto para a população. Caminhões têm mais restrições nesse mercado, mas ainda estamos avaliando qual será o melhor momento, quando a infraestrutura melhorar”, indica Roberto Leoncini, vice-presidente de marketing e vendas da Mercedes-Benz do Brasil.
O executivo destaca que o segmento escolhido para lançar o primeiro veículo elétrico no Brasil, o de transporte urbano de passageiros, alivia e supera a falta de infraestrutura, já que todas os frotistas já fazem o reabastecimento e manutenção de seus ônibus na própria garagem da empresa. “Isso facilita a adoção, porque os postos de recarga poderão ser instalados nos pátios, e os concessionários vão às empresas prestar assistência técnica como já fazem hoje”, explica Leoncini.
Fonte: Automotive Business