Volvo prevê forte expansão de 40% nas vendas de caminhões pesados e semipesados na América Latina

Volvo prevê forte expansão de 40% nas vendas de caminhões pesados e semipesados na América Latina

O impacto da pandemia de coronavírus na operação de caminhões da Volvo no Brasil e na América Latina poderia ter sido de uma gripe leve, não fosse a paralisação da produção na fábrica de Curitiba (PR) por mais de um mês e a desorganização provocada na cadeia de suprimentos, que restringiu as entregas diante de retomada do mercado muito rápida, alongando a carteira de pedidos por esperas de três a cinco meses, dependendo do modelo do veículo. Com essa extensa fila de clientes, expectativa de crescimento econômico e vacinação no horizonte, a Volvo projeta um ano de forte expansão na região, com alta em torno de 40% na venda de modelos pesados e semipesados, ainda que o cenário seja de algumas incertezas.

Em 2020 as vendas de caminhões da Volvo na América Latina caíram 13% na comparação com 2019. O Brasil, maior mercado da região e segundo maior do grupo sueco no mundo, reduziu bastante a intensidade do tombo com a menor queda regional, de 11%, com quase 15 mil unidades vendidas, enquanto outros países como Peru (-29%), Argentina (-25%)e Chile (-14%) registraram desempenho pior com volumes muito menores, entre 800 e 1 mil veículos em cada mercado no ano.

Com o resultado acima da média dos demais países da região, o Brasil aumentou para 80% sua participação nas vendas da Volvo na América Latina. “O resultado de 2020 é pode ser considerado bom diante da situação que vivemos. O mercado brasileiro [de caminhões] foi o que menos sofreu na região e estamos otimistas, vemos condições que sustentam o crescimento no País, como juros baixos e expansão do agronegócio, construção civil, mineração e obras de infraestrutura. Mas ainda continuamos a enfrentar os efeitos da pandemia, o momento é de volatilidade e exige atenção, com incertezas aliadas a problemas econômicos que já existiam no período pré-pandemia. Além disso, a cadeia de fornecedores também enfrenta perturbações que podem limitar a produção”, pondera Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo América Latina.

Fonte: Automotive Business